“E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem
separação entre o dia e a noite, e sejam eles para sinais e para as estações, e
para os dias e os anos …” (Gn. 1.14.) O Senhor nosso Deus criou
as estações. Os dias, os anos, são ciclos que marcam nossa vida e estabelecem
níveis e dimensões de caminhada.
Mas parece milagroso, a cada final de ano somos levados por nossos
pensamentos a desafios novos, renovação de votos, tomada de decisões…
É como se o simples passar de ano trouxesse grandes transformações.
Deixamos para trás tudo o que não deu certo, e começamos um novo ano com nova
disposição: “Agora sim, neste novo ano tudo dará certo, tudo será diferente…”.
Acontece que vamos descendo a “montanha” do ano novo, os meses vão se passando,
e vemos que muitas coisas continuam do mesmo jeito, alguns alvos e objetivos
não estão sendo alcançados e as expectativas de mudanças dão lugar à luta
diária pela sobrevivência.
Porque pensamos que tudo vai mudar no próximo ano? Porque descobrimos sempre que muita coisa continua do mesmo jeito? Porque temos que esperar pelo próximo final de ano para uma outra
esperança de mudanças?
Deus criou as estações. As estações são verdadeiramente dimensões
distintas da vida. Precisamos aprender a entrar nelas da forma correta. Não
estou falando de entrar o ano com o pé direito. Estou falando de entrar o ano
novo no caminho direito.
O dia 31 de dezembro não representa uma mudança absoluta de uma dimensão
da vida físico-espiritual. Não sabemos nem se este calendário está correto.
Quando estudamos o calendário lunar do povo de Israel – o religioso ou o
civil –, descobrimos diferenças enormes.Este dia 31 representa uma virada do
calendário civil utilizado por nossa sociedade, e que pode até ser usado para
novas esperanças.
Talvez a mudança de ano real na dimensão físico-espiritual seja a data
do nosso aniversário.
Não importa.
Importa que precisamos entrar nesta nova etapa da forma correta.
Apesar de qualquer raciocínio, eu e você podemos eleger esta data, este
acontecimento da mudança do ano, para verdadeiramente entrarmos em uma nova
dimensão pessoal.
Faz-se necessário uma decisão. Precisamos parar tudo para ouvirmos a voz
de Deus, falando a nós claramente, tudo o que devemos fazer. “Só darei passos neste próximo ano, depois de receber a revelação do que
fazer, como fazer, quando fazer, diretamente da boca do Senhor”.
Nós é que vamos determinar, diante do Senhor, uma nova etapa. Não uma
etapa de esperanças vazias, infundadas, mas um tempo novo para “penetrarmos”
mais em Deus e conhecê-lo mais intimamente.
Para tanto, é necessário decidirmos gastar menos tempo diante da TV,
diante da internet, diante de nós mesmos.
Para muitos será um período de gastar menos tempo lavando e lustrando o
carro, ou qualquer outra atividade, para outros um tempo de trabalhar menos e
orar mais.
Para alguns, será um tempo de “pregar” menos e “viver” mais a Palavra.
Talvez para você será um tempo de se preocupar menos com faculdade, com
emprego, o futuro, e adorar mais ao Senhor.
Para todos nós, um tempo de testemunhar mais de Jesus.
Cada um pode ter um alvo diante do Senhor. Um alvo que nos leve mais
para perto dele, em comunhão e intimidade.
Sim, este será um ano diferente. Sim, neste próximo
ano as coisas serão diferentes, estarei mais na presença do Senhor! O que vai determinar que será um ano vitorioso não são as esperanças das
festas de fim de ano, mas uma decisão pessoal de andar mais com o Poderoso.Ele
nos encontrará como adoradores!
“Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura.” (Sl. 65.11.)
“Quão grande é Deus, e nós não o compreendemos! O número dos seus anos
não se pode calcular.” (Jó 36.26.)
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar
aos pobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos,
pôr em liberdade os oprimidos, e anuncia o ano aceitável do Senhor.” (Lc. 4.18, 19.)
Feliz e abençoado 2016 para você!
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sóstenes Mendes Xavier Pastor da Igreja Batista Getsêmani e Ministro de Louvo
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