"E ordenou Jesus que os seus
discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto
despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à
parte. E, chegada já a tarde, estava ali só. E o barco estava já no meio do
mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário"-Mateus14:22-24
Às vezes clamamos e Deus vem
imediatamente em nosso socorro. Outras vezes não. Às vezes recebemos uma ajuda
inesperada, outras vezes temos que usar apenas o que temos à mão. Certo é que,
em “meio a uma tempestade”, não precisamos ficar inertes esperando a
intervenção divina. O aspecto mais impressionante nesse texto é Jesus
desafiando a lógica e andando por sobre a água. Mas os antecedentes desse
evento nos ensina como lidar com as dificuldades enquanto o socorro não chega.
Saiba dimensionar corretamente o
problema. Não o torne maior do que realmente é. Os discípulos não ficaram se
questionando se havia sido correto sair sem Jesus e nem buscando uma
"razão" para aquele momento difícil. Normalmente relacionamos o
sofrimento à desobediência. Mas nem sempre é o caso. Os discípulos foram para o
mar em obediência a uma ordem de Jesus (vs. 22). Imagine entrar num barco
e ouvir de Jesus não um típico “Vá com Deus”, mas um estranho “Vá sem Mim”. A
verdade é que uma “tempestade” pode estar nos planos de Jesus para você.
Entenda que “mar revolto” é comum
para navegantes (incomum seria uma “tempestade de areia”) – Não nos conformamos
com o sofrimento. Frequentemente questionaremos: “Ó Deus, por que essas ondas?
Por que esse mar agitado? Por que essa tempestade? Mas, se estamos no mar,
devemos saber que haverá ciclos alternados de calmaria e tempestades.
Lute com os recursos que você tem à
mão enquanto aguarda o milagre.Se, numa emergência, você ligar para
o SAMU, provavelmente ouvirá orientações sobre o quê fazer até que os
paramédicos cheguem. Os discípulos fizeram o mesmo: usaram a experiência de
navegantes.
Creia que Jesus conhece o limite da
nossa força. Mas nós, às vezes, desconhecemos. A intervenção de Jesus sempre se
dá na hora exata. Jesus sempre chega a tempo: “E vendo que se fatigavam
a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite
aproximou-se deles, andando sobre o mar” (Mc 6:48).
Saiba identificar a solução quando
ela estiver chegando – Jesus foi confundido com um fantasma (v.26) e os
discípulos entraram em pânico: “E os discípulos, vendo-o andando sobre
o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo” (v.26).
Às vezes, a solução de Deus parece ser m problema ainda maior.
Exercite a fé com ousadia – Como saber
se Jesus está “neste negócio”? É preciso por o pé para fora do barco. Mas
espere o comando divino: “Vem! E Pedro, descendo do barco,
andou...” (v.29). Note que a fé não é loucura. Primeiro Jesus se
identificou (“Sou eu. Nâo temais”), depois Pedro o pôs à prova (“Se
és tu... manda-me ir ter contigo”) e só então o mar se fez chão sob os pés
do apóstolo.
Agir por conta própria nem sempre é
descrença ou impaciência. Por vezes é exatamente o que Deus quer que façamos
enquanto o milagre não chega.
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